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Ciência busca formas de estender a longevidade

Reinaldo José Lopes
SÃO CARLOS Dá para levar a sério a ideia de estender a longevidade humana e, quem sabe, produzir pessoas potencialmente imortais? São raríssimos os cientistas dispostos a responder que sim na lata, mas um progresso (muito) modesto já tem acontecido na área.
Por enquanto, apareceram alguns candidatos interessantes a “alvo molecular” da longevidade. Ou seja, moléculas, ou conjuntos de moléculas, que poderiam ser manipuladas para alterar os sistemas celulares que acabam levando ao envelhecimento. Várias delas tem alguns pontos em comum: estão associadas à maneira como o organismo lida com o excesso de recursos e com o crescimento.
Outra via que está sendo explorada tem a ver com os sistemas de manutenção e reparo do material genético. Problemas no DNA frequentemente desencadeiam câncer, e também há uma importante relação entre a diminuição das estruturas chamadas telômeros (as “pontas de segurança” dos cromossomos, onde o DNA está armazenado) e o envelhecimento celular.

Pesquisadores da Universidade de Harvard, uma das mais prestigiadas no mundo, classificaram quatro das principais dietas com base em sua eficácia na redução do risco de morte prematura. Foram elas: O índice de Alimentação saudável, desenvolvido pelo governo dos Estados Unidos como o padrão dietético oficial do país, o Índice Alternativo de Alimentação Saudável, desenvolvida pela universidade, a dieta mediterrânea e a vegana.

O índice de Alimentação saudável, que rastreia se as pessoas seguem as diretrizes nutricionais básicas dos EUA, enfatizam alimentos saudáveis à base de plantas, desaprovam carne vermelha e processada e desencorajam o consumo de açúcar adicionado, gorduras não saudáveis e álcool. As pessoas que seguem essa métrica de dieta tiveram um risco 19% menor de morrer por qualquer causa.

1% menor do que o Índice Alternativo de Alimentação Saudável, criado pela Harvard, e que segundo o estudo reduziu o risco de morte dos participantes em 20%.

Já as pessoas que seguiram uma dieta mediterrânea, que inclui vegetais, frutas, nozes, grãos integrais, legumes e peixe, reduziram o risco em 18%. A dieta vegana também previne a morte precoce, porém em menor porcentagem, ficando em torno dos 14%.

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